Coluna da SPVA 6s1c9

A Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte (SPVARN), é uma associação literária e artística de utilidade pública, democrática, sem fins lucrativos, com 27 anos de existência e 68 associados de importante atuação no meio cultural do Estado. Nesta coluna, dominicalmente os leitores serão contemplados com autores e autoras de diversos estilos e gêneros literários. 20473n

Feito dia de domingo – Vamos de Poemas? 3l2460

25/05/2025 05h05

 

 

Prezados leitores,

 

Eis, quatro “chamingos” da escritora Jania Souza em forma de poemas que tornarão seu domingo mais bonito! Tal poeta é associada à SPVARN, natural da cidade de Natal/RN com livros solos publicados, infantis e adultos; poeta, artista plástica, aposentada da Caixa Econômica Federal, Bacharela em Eco-nomia e Contábeis; participa de várias entidades literárias e culturais no Brasil e em outros países com reconhecimento de suas obras. Publicou Pingos de Momentos e outros títulos. Vamos apreciar?

 

 

 

AMIGO

 

No calor do abraço, o sol ressurge cintilante 

Sentimento e ação dão-se as mãos 

Coração une-se à razão

 

A flor, dantes simples botão, 

Abre-se em pétalas de sincero amor

Convite à confidência de segredos adormecidos

Bem escondidos na Caixinha de Pandora 

 

Lava-se a alma na compreensão de um ouvido

Que não culpa, só oferta a companhia do silêncio

Esse apoio amigo.

 

É o ser que compartilha a dor e, também, a alegria

Faz enxergar um fio de luz na noite escura

Acena o lenço branco na contenda do rancor

Sinaliza ao incompreendido o recomeço do amor.

 

 

MADRUGADA

 

Em tuas mãos sedosas, sinto meu corpo tépido

resvalar na embriaguez dos teus encantos profundos

gato manhoso ronronando carícias na boca da noite.

Enveredo-me por tuas entranhas prenhas de sabores

na travessia dos feitiços contidos nos odores noturnos.

Entre teus braços hipnóticos a envolver-me na luxúria

de sonhos e fantasias escusas, ouço lá longe, vindo

das profundezas dos montes e das planícies distantes,

o canto do galo exigindo mais uma serenata sem lua.

A boemia ainda corre faceira por becos, vielas e ruas.

De bar em bar transveste-se de libélula e lobisomem

enquanto a poesia deita-se no meio de lençóis

almofadas, fronhas e rendas. Ou simplesmente

prefere a maciez das folhas a cobrir o duro chão.

Deixo-me envolver em teus afagos e caio em êxtase

ao sentir o toque sutil dos teus lábios

despertando-me para um novo dia.

Ah, Madrugada! Quão triste é a despedida!

 

 

 SUOR E SAUDADE

 

Ah! Quão bom esse sopro

vindo com as ondas...

Pão em meu corpo

saliva na boca.

Suave brisa espuma

amor que inspira

vela solitária ao mar.

Sacode ardor escondido

na carne nua...

Flor aberta à missiva

luxúria crua adormecida.

Eis o brilho exuberante

dos raios ao meio-dia

desperta a dolência

de pétalas amanhecidas.

Suor e saudade

mistura esvaída

de águas profundas

leviatãs de segredos

inconfessáveis.

 

 

 

JANELAS DO ADO

 

O burburinho do ado 

Com suas andanças persistentes

Faz seu retorno triunfal ao presente 

E garante, morte não é o fim de tudo. 

 

Previne aos Incautos, cuidado, ele

Sempre está à espreita de um deslize 

Para resgatar dissabores vários 

De dores, sofrimentos, desenganos. 

 

Embora também possa ser gentil 

Ao desenterrar lembranças doces 

De tantos momentos felizes vividos.

 

O sobrevivente tem que se resguardar 

Das armadilhas tenebrosas da mente 

Para se sustentar na poesia que há 

Em cada segundo escrito no presente.

 

 

Para conhecer um pouco mais sobre a poética e a atuação da escritora Jania Souza é só entrar em contato conosco através de nossas conexões poéticas.

 

ATÉ BREVE!

 

Conexões poéticas SPVA:

 

E-mail: [email protected]

Instagram: @spvarn.oficial

Facebook: SPVA DEBATE LITERÁRIO VIRTUAL

Youtube: SPVARN

 

Revisão: José de Castro

Coordenação da coluna no âmbito da SPVA/RN: Adélia Costa

 


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