A Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte (SPVARN), é uma associação literária e artística de utilidade pública, democrática, sem fins lucrativos, com 27 anos de existência e 68 associados de importante atuação no meio cultural do Estado. Nesta coluna, dominicalmente os leitores serão contemplados com autores e autoras de diversos estilos e gêneros literários. 20473n
Prezados leitores,
Eis, quatro “chamingos” da escritora Jania Souza em forma de poemas que tornarão seu domingo mais bonito! Tal poeta é associada à SPVARN, natural da cidade de Natal/RN com livros solos publicados, infantis e adultos; poeta, artista plástica, aposentada da Caixa Econômica Federal, Bacharela em Eco-nomia e Contábeis; participa de várias entidades literárias e culturais no Brasil e em outros países com reconhecimento de suas obras. Publicou Pingos de Momentos e outros títulos. Vamos apreciar?
AMIGO
No calor do abraço, o sol ressurge cintilante
Sentimento e ação dão-se as mãos
Coração une-se à razão
A flor, dantes simples botão,
Abre-se em pétalas de sincero amor
Convite à confidência de segredos adormecidos
Bem escondidos na Caixinha de Pandora
Lava-se a alma na compreensão de um ouvido
Que não culpa, só oferta a companhia do silêncio
Esse apoio amigo.
É o ser que compartilha a dor e, também, a alegria
Faz enxergar um fio de luz na noite escura
Acena o lenço branco na contenda do rancor
Sinaliza ao incompreendido o recomeço do amor.
MADRUGADA
Em tuas mãos sedosas, sinto meu corpo tépido
resvalar na embriaguez dos teus encantos profundos
gato manhoso ronronando carícias na boca da noite.
Enveredo-me por tuas entranhas prenhas de sabores
na travessia dos feitiços contidos nos odores noturnos.
Entre teus braços hipnóticos a envolver-me na luxúria
de sonhos e fantasias escusas, ouço lá longe, vindo
das profundezas dos montes e das planícies distantes,
o canto do galo exigindo mais uma serenata sem lua.
A boemia ainda corre faceira por becos, vielas e ruas.
De bar em bar transveste-se de libélula e lobisomem
enquanto a poesia deita-se no meio de lençóis
almofadas, fronhas e rendas. Ou simplesmente
prefere a maciez das folhas a cobrir o duro chão.
Deixo-me envolver em teus afagos e caio em êxtase
ao sentir o toque sutil dos teus lábios
despertando-me para um novo dia.
Ah, Madrugada! Quão triste é a despedida!
SUOR E SAUDADE
Ah! Quão bom esse sopro
vindo com as ondas...
Pão em meu corpo
saliva na boca.
Suave brisa espuma
amor que inspira
vela solitária ao mar.
Sacode ardor escondido
na carne nua...
Flor aberta à missiva
luxúria crua adormecida.
Eis o brilho exuberante
dos raios ao meio-dia
desperta a dolência
de pétalas amanhecidas.
Suor e saudade
mistura esvaída
de águas profundas
leviatãs de segredos
inconfessáveis.
JANELAS DO ADO
O burburinho do ado
Com suas andanças persistentes
Faz seu retorno triunfal ao presente
E garante, morte não é o fim de tudo.
Previne aos Incautos, cuidado, ele
Sempre está à espreita de um deslize
Para resgatar dissabores vários
De dores, sofrimentos, desenganos.
Embora também possa ser gentil
Ao desenterrar lembranças doces
De tantos momentos felizes vividos.
O sobrevivente tem que se resguardar
Das armadilhas tenebrosas da mente
Para se sustentar na poesia que há
Em cada segundo escrito no presente.
Para conhecer um pouco mais sobre a poética e a atuação da escritora Jania Souza é só entrar em contato conosco através de nossas conexões poéticas.
ATÉ BREVE!
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Revisão: José de Castro
Coordenação da coluna no âmbito da SPVA/RN: Adélia Costa
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